O ministro do STF, Flávio Dino, decidiu nesta sexta-feira (27) manter o bloqueio de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão. A decisão foi tomada após a Câmara dos Deputados apresentar um recurso pedindo a revogação da medida. Segundo Dino, a falta de critérios de transparência e a dificuldade de identificar os autores das indicações justificam a suspensão. O ministro determinou ainda que a Câmara apresente respostas objetivas aos questionamentos feitos pelo STF até as 20h desta sexta-feira. A análise dessas informações será decisiva para a eventual liberação dos recursos. O recurso apresentado pela Câmara argumentava pela legalidade das emendas, mas não trouxe esclarecimentos suficientes para atender às exigências do tribunal. O bloqueio inicial foi motivado por uma denúncia apresentada pelo PSOL. De acordo com o ministro, 17 líderes partidários teriam "apadrinhado" as emendas, dificultando a identificação dos parlamentares responsáveis pelas indicações. Essa prática levantou suspeitas de irregularidades e motivou a atuação do STF. Como desdobramento, a Polícia Federal abriu, na última terça-feira (24), um inquérito para investigar as condições em que ocorreram as liberações dos recursos. A articulação foi atribuída ao presidente da Câmara, Arthur Lira, que teria liderado a estratégia de assinatura coletiva para ocultar os verdadeiros autores das emendas. #deputados #senado #politica #bolsonaro #noticias #lula #corrupcao